“Beyond Fossil Fuels: Portugal Gives Itself a Clean-Energy Makeover” – este é o título de um artigo publicado, no início desta semana, pelo conceituado jornal New York Times.
Neste artigo, o nosso país é citado como um caso de sucesso na exploração de energias renováveis e as nossas políticas de transformação do sistema nacional de energia, originadas pela necessidade de nos libertarmos da dependência dos combustíveis fósseis importados, são louvadas e apontadas como um exemplo a seguir.
Portugal é referido como tendo condições para ser uma boa “cobaia” nesta área, pela riqueza em fontes de energia muito rentáveis, como é o caso do vento e dos cursos de água. Mas, para além disso, é dado grande mérito às reformas levadas a cabo, caracterizadas como bem pensadas e planeadas, antecipando dificuldades e eventuais problemas. A separação entre produção e distribuição de energia, a abertura do mercado energético a empresas privadas, a modernização da rede de distribuição, a utilização de modelos sofisticados de previsão do clima (e da quantidade de energia produzida), a possibilidade futura de venda de energia à rede, ou a existência de determinados acordos com Espanha, constituem medidas que visam evitar ou mitigar problemas como a renitência das empresas já instaladas no mercado em apostar nas renovávei e a potencial sazonalidade e imprevisibilidade na produção de energia, assim como reduzir os custos de toda esta transformação.
Depois de, já noutras alturas, o nosso país ter sido elogiado pela qualidade das suas reformas (sendo que o exemplo mais recente terá sido o facto de a Comissão Europeia ter apontado a reforma do sistema português de pensões como um bom exemplo), Portugal volta a ser citado como um exemplo a seguir.
Notas Pensadas 