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Ideias para outra União Europeia

Esta apresentação do deputado europeu Rui Tavares no TEDxCascais que teve lugar há algumas semanas está repleta de boas ideias para uma União Europeia que, cada vez mais, parece querer dar sinais de desintegração.

Ele fala de três crises que a Europa vive actualmente:

  • crise do euro
  • crise económica e ambiental
  • crise social nos países periféricos

E apresenta várias soluções para estes problemas:

  • federalismo
  • eurobonds e Tesouro Europeu
  • uniformização fiscal
  • universidades europeias (federais)
  • eleições directas (incluindo primárias) europeias

Recomendo.

 
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Publicado por em 25 de Março de 2012 em governação

 

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O estado da (des)União

Estiveram na ordem do dia os comentários de Martin Schultz sobre a visita de Passos Coelho a Angola, interpretados, em Portugal, como uma crítica ao nosso país.

Não quero, no entanto, centrar-me nem na validade e pertinência dos comentários, nem na legitimidade de quem os proferiu. Devo apenas referir, para que se torne bem perceptível o que direi de seguida, que não achei os comentários nem ofensivos nem desadequados, e que não os encaro como uma ingerência nos assuntos nacionais. Aliás, os comentários foram feitos dando Portugal como um exemplo para um problema Europeu.

Mas o que me parece, sinceramente, é que tudo isso é algo de somenos importância, quando olhado de um ponto de vista mais global, a nível de uma União Europeia.

O eco não demorou a fazer-se ouvir em Portugal, com vários políticos – de todos os quadrantes políticos – e comentadores a manifestarem-se, uns de forma mais violenta que outros, contra Schultz. Mesmo embora este alinhamento de várias sensibilidades políticas em torno da defesa de Portugal – que lhes parecia estar a ser ameaçado por um responsável europeu – até possa colher a simpatia e até comover o cidadão comum, para mim é sintoma de algo que me preocupa. Falo do ambiente de desunião que se vive actualmente na Europa e do ambiente crispado em que nós, europeus, vivemos.

Não é novidade que os países europeus se têm mostrado pouco solidários, pouco tolerantes, pouco unidos entre si. Mas o que me preocupa é o futuro. Alguém espera que a relação entre os países europeus volte a ser a mesma? Alguém espera que volte a existir (nalguns casos, será que alguma vez existiu?) um sentimento de fraternidade entre povos europeus? Alguém espera que um grego volte a olhar para um alemão como um irmão, depois de a Alemanha ameaçar e oprimir a Grécia da forma que tem feito? Alguém acredita que um inglês olhará do mesmo modo para a União Europeia, para a Alemanha ou para a França, depois de os chefes de Estado destes dois países terem dado a entender ao Primeiro-Ministro Britânico que a Europa não precisa do Reino Unido para nada?

Mesmo que o Euro sobreviva, mesmo que a União Europeia não perca membros, mesmo que a crise económica seja resolvida brevemente e se possa retomar o caminho do desenvolvimento económico e social, alguém acredita num futuro com uma Europa forte e coesa? Há feridas que estão a ser (re)abertas e que demorarão muito tempo a sarar.

 
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Publicado por em 10 de Fevereiro de 2012 em governação

 

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Lixo

Pois é, parece que a Standard & Poor’s resolveu baixar o rating de vários países europeus, incluindo Portugal, colocando-nos ao nível de lixo. Qual a justificação da agência?

The outcomes from the EU summit on Dec. 9, 2011, and subsequent statements from policymakers, lead us to believe that the agreement reached has not produced a breakthrough of sufficient size and scope to fully address the eurozone’s financial problems.

(…)

We also believe that the agreement is predicated on only a partial recognition of the source of the crisis: that the current financial turmoil stems primarily from fiscal profligacy at the periphery of the eurozone. In our view, however, the financial problems facing the eurozone are as much a consequence of rising external imbalances and divergences in competitiveness between the eurozone’s core and the so-called “periphery”. As such, we believe that a reform process based on a pillar of fiscal austerity alone risks becoming self-defeating, as domestic demand falls in line with consumers’ rising concerns about job security and disposable incomes, eroding national tax revenues.

O que quer isto tudo dizer? Em poucas palavras, que as decisões tomadas pelos países e órgãos governativos europeus não são suficientes para resolver o problema da crise soberana e que o remédio aplicado poderá ser desadequado, quer por um diagnóstico errado da doença, quer por o paciente poder vir a morrer da cura.

 
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Publicado por em 16 de Janeiro de 2012 em economia, governação

 

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