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Arquivo de etiquetas: orçamento de estado

Nota

Estamos no bom caminho…

Diz a UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental) que «[e]xcluindo o efeito de medidas da natureza temporária, a projecção actual aponta para um défice idêntico ao verificado no ano anterior».

Então os sacrifícios de todos os portugueses ao longo de um ano servem para quê?

Simples. Aquilo pelo que o nosso país está a passar não é mais do que uma embirração ideológica mascarada de consolidação orçamental, testada cá para exportar para outras latitudes. Digam o que disserem.

(da embirração travestida)

 
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Publicado por em 23 de Outubro de 2013 em economia, governação, política

 

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Revoltado

Estou revoltado,
Comigo,
Por não mais me revoltar.

E isso revolta-me.

Nos idos,
Um Orçamento de Estado,
Como o ontem apresentado,
Ter-me-ia feito levantar.
Hoje não, é esperado,
E o não ficar espantado
É que me coloca neste estado,
Revoltado por não me revoltar.

E isso revolta-me.
Mesmo.

Hoje,
Com isso devem eles também contar,
Com esta paz que resulta do resignar,
Da expectativa que não vingaram gorar.
E assim, lá seguem a mandar,
Num sentido que imaginam sem vislumbrar,
Enquanto o povo continua a penar.

E isso revolta-me.
Mesmo.
Foda-se!

 
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Publicado por em 16 de Outubro de 2013 em economia, governação, política

 

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O chumbo do OE e as mentalidades

O PSD – pela voz da sua Vice-Presidente Teresa Leal Coelho – afirma-se perplexo com o chumbo do Tribunal Constitucional e considera que o acórdão não teve em conta o contexto económico e financeiro do país. Isto revela bem a mentalidade deste PSD e do Governo actual: as regras são para ser vergadas e adaptadas às suas ideologias e intenções.

António José Seguro afirma que está «disponível para substituir o Governo», mas também acha que «quem criou o problema» é que tem que o resolver. Uma mentalidade de alguém mesquinho e irresponsável, que nunca assume compromissos e nunca tem culpa de nada. Já tinha adoptado posturas semelhantes no passado (nomeadamente, internamente no PS, face à liderança de Sócrates) e deverá, com certeza, continuar a adoptá-las no futuro.

Cavaco Silva pediu a fiscalização sucessiva do OE2013 por duas normas que já existiam no OE2012 (e de forma ainda mais pronunciada, já que para este ano, o Governo havia optado pelo corte de apenas um dos subsídios de funcionários públicos e pensionistas, contra os dois subsídios que havia cortado no ano passado) e por outra, a da contribuição extraordinária de solidariedade, que o afectava também, e muito, a ele. E foi mesmo essa que ele mais criticou na altura de enviar o Orçamento de Estado para o Tribunal Constitucional. Uma norma que não foi chumbada pelo TC, por considerarem que o imposto sobre as pensões mais elevadas não violava os princípios da Constituição Portuguesa. Cavaco Silva foi, mais uma vez, ele próprio: alguém sem qualquer responsabilidade ou sentido de Estado, absorvido pelo seu umbigo, que parece ter pedido a fiscalização das normas apenas porque estava pressionado moral e institucionalmente a solicitar a fiscalização das duas primeiras (que já haviam sido chumbadas no ano anterior) e coagido, em termos pessoais, a tentar evitar a aprovação da terceira.

José Manuel Fernandes insurge-se, no Facebook, contra a decisão do Tribunal Constitucional e continua a sua cruzada contra os funcionários públicos (esquecendo-se também houve o chumbo sobre medidas que afectam os reformados, os desempregados, os doentes ou os bolseiros e que o problema está na forma ilegal como se tentou construir um orçamento de Estado e não na forma como se imagina o que deve ser esse Estado), continuando a tentar alimentar a divisão entre público e privado e entre os portugueses. Já Júlio César e Napoleão Bonaparte falavam em dividir para conquistar.

Camilo Lourenço continua a sua vendeta pessoal contra Portugal e os portugueses, e considera que, se fomos conduzidos para a actual situação, foi porque a Troika não apertou suficientemente connosco.

Não é propriamente elegante ou correcto personalizar opiniões políticas, mas é importante conhecer aqueles em quem votamos e aqueles cujas opiniões escutamos.

 
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Publicado por em 6 de Abril de 2013 em política

 

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