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Arquivo de etiquetas: Educação

Como o curso e a universidade influenciam o salário

Muito interessante o artigo que saiu hoje na revista Sábado, intitulado “Como o curso e a universidade influenciam o salário“.

Um artigo que contém conclusões semelhantes às que  já aqui foram expressas sobre a relação entre as áreas de formação e o mercado de trabalho, no texto “Desemprego vs. Níveis de Ensino; Desemprego vs. Áreas de Ensino“: é muito importante estudar; é igualmente importante saber escolher o curso.

São ainda referidas algumas notas sobre a importância das soft skills, da aprendizagem ao longo da vida e sobre o envolvimento na comunidade.

 
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Publicado por em 30 de Junho de 2011 em educação

 

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O Papel da Tecnologia no Ensino

Esta era a visão que um dos grandes pensadores do século passado tinha para o futuro da educação: a tecnologia assumindo um papel fulcral no ensino, o acesso de cada aluno a um computador, um novo paradigma de ensino individualizado e à medida de cada um, resultando em alunos motivados para aprender.

Talvez hoje já não estejamos assim tão longe do que era a visão de Asimov. Nos dias que correm, não só as bibliotecas estão ligadas à internet, mas também outras fontes de dados oficiais; a comunicação entre pessoas está tremendamente facilitada; uma boa fatia das crianças nos países mais ricos tem acesso a um computador; ideias como o Magalhães podem levar os computadores e a internet aos mais pobres; os telemóveis são computadores em miniatura; o cloud computing veio revolucionar a forma como se guarda, se cria e se acede a informação. Os avanços tecnológicos que se deram de 1988 até hoje foram tremendos.

O debate sobre a utilização da tecnologia na educação ainda existe nos meios académicos, mas ela já é aplicada no quotidiano das escolas e dos alunos. Ainda haverá muito para melhorar e algumas (pequenas) revoluções a fazer, mas é um caminho que já começou a ser percorrido e esta é outra área onde Portugal está na linha da frente – algo de que nos devemos orgulhar.

 
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Publicado por em 16 de Janeiro de 2011 em educação, governação, tecnologia

 

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Um novo modelo educativo – o exemplo sueco

Aconselho a visualização desta reportagem, feita pelo The New York Times, que recomenda ao governo dos EUA que olhe para o sistema de ensino sueco como um exemplo a seguir. Já não é a primeira vez que o modelo educativo deste país escandinavo é citado como um caso de sucesso. A forma como liberalizaram o seu sistema educativo parece ter vindo a contribuir para uma melhoria da educação das suas crianças e jovens.

A ideia chave passa pela possibilidade de os pais poderem escolher a escola dos seus filhos e optar, se assim o desejarem, por escolas privadas, sendo os custos assumidos pelo Estado. Como é referido na peça – pelo CEO da Internationella Engelska Skolan, uma empresa sueca que gere escolas privadas – o que foi feito neste país foi, simplesmente, implementar competição na educação. Existindo competição, terá forçosamente de existir um empenho das escolas num aumento da qualidade do serviço educativo que fornecem.

É óbvio que um modelo deste género não se implementa do dia para a noite; demora anos, e implica outras reformas de diversas naturezas – por exemplo ao nível do modelo de contratação dos professores, que teria de permitir uma contratação directa por parte dos estabelecimentos de ensino (com maior liberdade e agilidade do que o que é possível actualmente) para que, as escolas que pretendam ser as melhores possam igualmente escolher os melhores professores -, mas será que cá em Portugal também não deveríamos olhar o ensino na Suécia como um modelo a estudar e a copiar, adaptando-o à nossa realidade?

 
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Publicado por em 2 de Setembro de 2010 em educação

 

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A criatividade e a importância da sua promoção no ensino

“Classes will dull your mind, destroy the potential for authentic creativity.”

A afirmação é atribuída a John Nash (representado por Russell Crowe) no filme “A Beautiful Mind”. Tal afirmação é, quanto a mim, acertada e reflecte bem o que é o sistema de educação tradicional. Na minha opinião, o ensino não só não promove a criatividade, como tolhe a capacidade de pensarmos por nós próprios.

Parece-me claro que as escolas e os programas educativos não estão preparados para promover a capacidade de pensarmos pela nossa cabeça, de inovar, ser criativo e conceber novas ideias. Somos ensinados a tomar o conhecimento como um dado adquirido. Pensamentos como “é assim, porque o professor disse que era assim” ou “está no manual, portanto porque hei-de duvidar?” são comuns entre os alunos – era desta forma que eu também pensava quando andava no liceu – e raramente tentam perceber porque é que as coisas funcionam da forma como lhes é ensinado.

É importante sabermos pensar “outside the box“, não nos cingirmos ao pensamento convencional, mas sim conseguirmos ter novas perspectivas sobre os problemas que nos são colocados. É este o significado genérico que dou ao termo criatividade, neste contexto. E esta é uma das competências mais importantes hoje em dia. O mundo está em constante mudança e esta capacidade, de repensar e de inovar, é o motor que permite esta transformação global a alta velocidade. É a faísca que origina os grandes avanços, é factor diferenciador de pessoas, empresas, associações e países e pode ser um meio para fugir a uma crise ou para criar uma nova fonte de riqueza. As transformações na sociedade provêm da capacidade de ter ideias e de inovar, da criatividade de alguns, e é importante potenciar esta competência desde cedo. Se o mundo se altera constantemente e não fazemos ideia de como vai ser daqui 5, 10, 20, 50 anos, como é que podemos conceber a ideia de preparar uma criança para o seu futuro, educando-a apenas através da transmissão de conhecimento já existente, de forma padronizada, sem que a ensinemos a buscar o porquê das coisas e a tentar pensar de modo diferente do que está estabelecido? A educação que é dada às crianças e jovens tem de lhes ensinar como reagir a novos estímulos, a adaptar-se a novas realidades e a criar novas oportunidades. Para ser mais correcto, o sistema educacional deve desafiá-las a descobrir, por si próprias, como fazer isso.

Para além disso, esta padronização reinante limita as capacidades das crianças e, consequentemente, o seu sucesso futuro. Nem toda a gente aprende da mesma maneira e a inteligência não se restringe à capacidade de decorar informação ou de se conseguir aplicar no estudo. Há vários exemplos de pessoas que provaram ser extremamente inteligentes, apesar de, quando frequentavam a escola, não terem boas notas. Não por não serem aplicados enquanto jovens, mas sim porque a forma como foram ensinados não se coadunava com as suas características intelectuais. Actualmente, existe uma polémica, resultante da constatação feita por investigadores do fenómeno do ensino, de que “as mudanças introduzidas nas últimas décadas no sistema de ensino e de avaliação dos alunos estão a contribuir activamente para afastar da escola um número cada vez maior de rapazes(Público, 2010-01-27). Esta é uma conclusão a que se tem chegado em vários países e os estudos feitos demonstram que isto acontece “não por os rapazes se terem tornado, de repente, mais estúpidos, mas em grande medida (…) por eles estarem a ser ensinados e avaliados num sistema que valoriza as características próprias das raparigas e penaliza as dos rapazes(Público, 2010-01-27). Se tal é visível a este nível de grandeza, dividindo os alunos apenas pelo seu género, parece óbvio que, a um nível micro, uma variação numa característica, de uma criança para outra, poderá implicar que a forma como são ensinados e avaliados privilegie uma em relação à outra.

Parece ser imperativo que se proceda a uma reformulação do sistema de ensino, de maneira a que a criatividade seja fomentada e a que a individualidade intelectual seja respeitada. Os próprios professores parecem concordar com esta visão de que a criatividade é uma competência fundamental a ser desenvolvida nas escolas. Um estudo publicado no final de 2009, assente numa sondagem feita a cerca de 10.000 professores europeus, revela que 94% dos inquiridos consideram que a criatividade e a inovação devem ser desenvolvidas na escola (Creativity in Schools in Europe: A Survey of Teachers, 2009-12). Mas o estudo vai mais longe, revelando que 70% dos professores europeus acreditam que a criatividade pode ser ensinada e a quase totalidade dos inquiridos concorda que a criatividade pode ser aplicada a todas as áreas do conhecimento e não apenas ao domínio das artes, como parece ser crença do sistema de ensino actual.

não por os rapazes se terem tornado, de repente, mais estúpidos, mas em grande medida, avisam os investigadores, por eles estarem a ser ensinados e avaliados num sistema que valoriza as características próprias das raparigas e penaliza as dos rapazes.
 
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Publicado por em 26 de Maio de 2010 em educação

 

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